ARTIGO: Alckmin e o Governo do “Retrosseço 2.0”

Por Paula Nunes* ALCKMIN E O GOVERNO DO “RETROSSEÇO 2.0”

Estamos vivenciando um dos maiores retrocessos da história de São Paulo, um estado forte industrialmente falando, mas historicamente, pobre na Educação que sempre necessitou de investimentos como forma de combate à criminalidade e de preparação dos nossos jovens para o futuro, mas hoje, vemos o nosso “querido” governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, FECHANDO ESCOLAS, seguindo na contramão do que todos esperam e desejam.

Essa absurdo sem precedentes é o “bolo na cereja”, pois a Educação paulista vem sendo sucateada há anos, basta citarmos essa progressão continuada que é um, verdadeiro, incentivo para quem não quer estudar.

Somente na região do Alto Tietê, DEZ escolas deverão ser fechadas pelo Governo Estadual sob a desculpa da reestruturação do ensino na rede estadual que quer cada unidade escolar passe a oferecer aulas de apenas um dos ciclos da educação a partir do ano que vem, sendo que, dessas dez, uma está situada em Itaquaquecetuba, a EE Cicero Antônio de Sá Ramalho, localizada no Bairro Monte Belo.

Alckmin e o seu governo querem uma marginalização institucional da juventude. Será que investir em presídios é mais eficaz no combate à criminalidade do que construir escolas? Uma criança ou jovem na escola é um a menos nas ruas e não correndo o risco de ser aliciados ao mundo do crime, porta principal de entrada para um caminho muitas das vezes sem volta. Não precisa ser um estudioso, matemático o cientista para se chegar a essa conclusão, portanto, não tem como aceitar ou, sequer, entender a decisão do Alckmin e o seu governo do “RETROSSEÇO” que, aparentemente, tem como objetivo manter a população analfabeta.

Agora fica a pergunta, o que será feito desses prédios que serão desativados? O cidadão já sofre com a falta de segurança nas ruas e, agora, vai ter que conviver com um prédio abandonado no meio do seu bairro, com grandes possibilidades de que o local se torne um ponto organizado de drogas, de assaltos e, até mesmo, um verdadeiro prostíbulo.

Se o passado não nos inspira, se o presente está esse caos, o que esperar de um futuro que será construído sem o alicerce da Educação?? se sofremos esse golpe hoje é por conta das escolhas erradas feitas diante das urnas. Agora é o momento da reflexão, pois em 2016 temos a chance de iniciar uma nova era, basta digitarmos os números corretos.

A realidade da juventude é outra, eles precisam estudar e isso não é opcional. É preciso olhar com cuidado para a juventude. Nela, a realidade social e os dramas da condição humana estão presentes de forma mais intensa. É a ponta do iceberg. Como diz a socióloga Marília Spósito, “o modo como uma sociedade olha a juventude é uma metáfora do modo como ela olha para si mesma”.

Abaixo segue a lista divulgada pela Apeoesp com 155 escolas que receberam aviso de que estão no processo de reestruturação e podem ser fechadas em 2016. O levantamento ainda não foi finalizado pelo sindicato e, por isso, ainda pode aumentar.

Veja também:

Sindicato apresenta lista de escolas estaduais que podem fechar


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